4 de novembro: Dia da Favela

Publicado em 04/11/2025

Dia da Favela: reconhecer a riqueza e as contradições desses territórios, a fim de defender os direitos de quem neles vivem

No dia 4 de novembro de 1900 foi registrado, pela primeira vez, o uso do termo “favela” em um documento escrito por um delegado ao se referir ao Morro da Providência, comunidade no Rio de Janeiro. Desde então, a data passou a ser conhecida como Dia da Favela.

Estima-se que o Brasil tenha mais de dez mil favelas e comunidades urbanas, onde se estabelecem em torno de 16,5 milhões de pessoas, parcela que corresponde a 8% da população, segundo dados da prévia do Censo Demográfico do Brasil, produzido pelo IBGE, em 2022.

As grandes capitais, por terem populações numerosas, comportam as maiores favelas do Brasil: Sol Nascente (Brasília), Rocinha e Rio das Pedras (Rio de Janeiro), Heliópolis e Paraisópolis (São Paulo). Em Minas Gerais, a maior delas pertence à capital, Belo Horizonte. Localizado na Zona Sul, o Aglomerado da Serra é o segundo maior conjunto de favelas do Brasil, com 120 mil habitantes.

Estes espaços são berços de uma cultura extremamente rica e de latente influência afrodescendente, que inclui inúmeras formas de expressão, como o esporte, o teatro, a poesia, o grafite, a dança e a música. Na capital mineira, temos como exemplo de repercussão nacional, o rapper Djonga, a grafiteira Criola (autora do grande mural nas casas de uma favela em BH, da imagem), e os congados e quilombos situados nessas áreas.​

Mas vale frisar: as favelas evidenciam a olhos nus a face mais violenta da questão social no Brasil, profundamente assentada em sistemas de exploração e opressão que insistem em perpetuar a desigualdade social.

Nesta data, o CRESS-MG lembra a você, assistente social, que apreender criticamente a realidade desses territórios (os quais gestam contradições e potencialidades) é essencial para construir intervenções comprometidas com um projeto de sociedade emancipadora.

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