Curso “Imersão na Ética” qualifica assistentes sociais para atuação em processos éticos

Publicado em 08/09/2025

Julgar a conduta profissional de assistentes sociais é uma das funções centrais do CRESS. O início de um processo ético acontece com a participação de uma dupla de profissionais, a Comissão de Instrução (CI), responsável por levantar provas e conduzir parte da apuração. Uma grande responsabilidade, não é? Para apoiar e qualificar essas duplas, o Conselho promoveu a segunda edição do curso de formação “Imersão na Ética”.

O encontro aconteceu nos dias 22 e 23 de agosto, na sede do CRESS-MG, em Belo Horizonte, e reuniu cerca de trinta assistentes sociais de diversas regiões do estado. Foram dois dias intensos, com palestras sobre o Código de Ética Profissional, reflexões sobre instrumentos processuais e o rito ético, além de uma oficina prática de elaboração de pareceres. A atividade evidencia uma frente de atuação fundamental do Conselho, ainda pouco conhecida pela categoria.

“A Comissão Permanente de Ética (CPE) e suas CIs integram uma das três funções precípuas do CRESS. Muitas vezes, o sigilo que deve resguardar os processos éticos é confundido com o sigilo do trabalho realizado por essas Comissões. É necessário dar visibilidade a esse trabalho e valorizar quem o concretiza no cotidiano: tanto as trabalhadoras do Conselho quanto as assistentes sociais que se dispõem a ocupar esse espaço”, afirma Fábio Borges, assistente social, conselheiro e presidente da CPE.

“Compor uma CI é fortalecer a atuação profissional”

Recém-formado, Guilherme Castilho vê na participação uma oportunidade de aprendizado e fortalecimento da categoria. “Decidi participar porque a experiência contribui para a minha formação e amplia minha atuação profissional. Estou no meu primeiro processo ético e tem sido enriquecedor, inclusive no espaço sócio-ocupacional, fomentando a dimensão pedagógica da profissão, com todo o suporte do CRESS-MG.”

Ele destacou ainda que a imersão trouxe reflexões essenciais. “O curso me fez refletir sobre a importância de superar a perspectiva punitivista e afirmar a dimensão pedagógica da ética profissional. Foi uma pausa no cotidiano que reafirma nossa responsabilidade e compromisso em defender o Serviço Social e as conquistas da categoria.”

Direto do Sul de Minas, Silmara Oliveira, de Poços de Caldas, também avaliou a experiência como transformadora. Integrante de um Núcleo de Assistentes Sociais (NAS), ela foi designada para compor uma CI e ressalta a importância da formação. “O curso foi muito rico em aprendizado e mostrou a relevância do processo ético para qualificar o exercício profissional. Também trouxe reflexões sobre as múltiplas expressões da questão social e sobre como a precarização do trabalho e das políticas públicas impactam nossa prática.”

De Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, Daniela Macedo contou como enfrentou o desafio com apoio do Conselho. “No início, eu não conhecia o funcionamento das Comissões e fiquei insegura. Mas, com o suporte e a qualificação oferecidos pelo CRESS, me senti preparada para assumir. O curso foi extremamente enriquecedor, especialmente a oficina de pareceres, que nos permite analisar casos de forma crítica e reflexiva.”

Encerrando a atividade, Talita Freire, assessora de Serviço Social e organizadora do curso, destacou o caráter formativo e coletivo do encontro. “Proporcionar essa qualificação é fundamental. Foram dois dias densos, mas as trocas e o afeto nos fortalecem para seguir na atuação, tanto nas CIs quanto no cotidiano profissional. Esse espaço oxigena nossa prática e aproxima a categoria do CRESS.”

Como fazer parte de uma CI

Sempre que a Comissão Permanente de Ética instaura um processo, forma-se também uma Comissão de Instrução, composta por duas assistentes sociais responsáveis por conduzir a apuração e elaborar o relatório final.

Integrar uma CI é uma oportunidade de aprofundar conhecimentos sobre o Código de Ética, fortalecer a profissão e ainda receber certificado de participação. Para se candidatar, é preciso ter registro ativo no CRESS-MG, estar em dia com as anuidades e não responder a processo ético.

Com a implantação do processo eletrônico, profissionais de qualquer região de Minas Gerais podem compor as Comissões. Quando há necessidade de deslocamento, o Conselho oferece ajuda de custo para transporte e alimentação. Além disso, são realizadas capacitações e encontros permanentes de qualificação.

Vamos participar de uma CI você também?
Contribuir com essa frente é fortalecer o projeto ético-político do Serviço Social e reafirmar o compromisso coletivo da categoria.

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