Publicado em 26/05/2025
No dia 8 de maio, o CRESS-MG inaugurou em sua sede, em Belo Horizonte, um espaço repleto de significado: o Auditório Simone Albuquerque. A solenidade foi marcada por emoções, recordações e o compromisso com uma profissão voltada à justiça social, à acessibilidade e à construção coletiva.
Adquirido pelo Conselho, o espaço próprio é uma conquista de toda a categoria de assistentes sociais do estado, uma vez que será palco de reuniões, debates e demais eventos que contribuem para um fazer profissional crítico e alinhado ao projeto de sociedade que o Serviço Social tanto defende.
O auditório leva o nome de Simone Aparecida Albuquerque, assistente social mineira, falecida em outubro de 2023, cuja trajetória profissional contribuiu para a implantação da política de Assistência Social em todo o país. Pessoa com deficiência que fazia uso de cadeira de rodas, a acessibilidade também era sua luta.
A escolha do nome foi um ato político e afetivo, como relembrou Cláudio Horst, presidente do órgão. “Essa é uma noite de mulheragem. Simone sempre nos provocou com firmeza sobre impedimentos, barreiras arquitetônicas e atitudinais que restringiam sua participação plena nas instâncias do CRESS. E foi assim, com olhar coletivo, que decidimos dar ao espaço o nome dessa companheira aguerrida.”
Cláudio também lembrou do simbolismo do espaço enquanto lugar de construção democrática e de aprimoramento do fazer profissional: “Esse auditório será lugar de debates, memórias, decisões difíceis, mas sobretudo de resistência. Um lugar para fortalecer as lutas que Simone tanto defendeu, construiu e formulou ao longo de sua vida e carreira profissional”, observa.
Mulheragem: Simone presente!
A solenidade foi marcada por depoimentos em vídeo e falas presenciais de familiares e pessoas próximas à homenageada. José Cruz, amigo de longa data de Simone e também assistente social, emocionou o público ao lembrar da trajetória de vida da companheira:
“O encontro com a Simone é desses que a gente leva pra vida. Uma das responsáveis pela implantação do maior sistema público de proteção social neste país, o Suas. Era um verbo de ligação – unia e juntava pessoas. Sua risada permanece entre nós, como um eco potente de liberdade, luta e utopia”, declarou.
As falas reforçaram a imagem de Simone como uma figura afetuosa, lúcida e comprometida. “Ela tinha orgulho de ser assistente social. Sempre guiada por justiça social, pelos direitos, pela democracia, por um país mais justo”, completou José Cruz.
A atividade teve, ainda, a presença de familiares de Simone que compartilhou memórias afetuosas da profissional. Uma das sobrinhas de Simone, Paola Chantal Albuquerque Barros, compartilhou lembranças da convivência com a tia e destacou seu papel como referência na vida pessoal e profissional da família:
“Minha tia não era só nossa tia, era nossa mãe também. Cresci ouvindo as histórias dela, suas conquistas… Ver o nome dela aqui hoje, nesse auditório, é um motivo de muito orgulho para toda a família. A dor da perda ainda é grande, mas a presença dela é constante em nossos corações”, pontuou.
Mesmo após um ano e meio de sua partida, a presença da profissional ainda é muito viva na memória de quem convivia com ela, como é o caso de Bruno Alves. O assistente social trabalhou com Simone em seus últimos anos de vida, em Brasília (DF), e lembrou com carinho da intensidade com que ela vivia.
“Falar sobre a Simone, para mim, é falar sobre uma intensidade de vida muito contagiante. Ela tinha essa capacidade de mover todos nós. No trabalho, era marcada por um senso de responsabilidade pública inabalável e uma generosidade imensa de ensinar. Simone significa muito para mim e para esse país.”
Outras autoridades também participaram da solenidade, como o atual secretário nacional de Assistência Social, André Quintão, amigo íntimo da homenageada. “Conheci a Simone ainda nos bancos da PUC. Ela unia a alegria da vida com a busca por direitos sociais. Foi uma perda imensa, mas seu legado permanece em cada gesto, em cada defesa do Suas. A lembrança da Simone nos encoraja. Ela estará sempre presente em nossas vidas e nas políticas públicas brasileiras.”
Acompanhado de familiares de Simone, o presidente Cláudio conduziu a homenagem final com o gesto coletivo de revelar a placa de inauguração com o nome de Simone gravado, selando a memória da assistente social como presença viva nas futuras lutas, eventos e formações promovidas ali.
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