Assistentes sociais do NAS Sudoeste de Minas protestam na Câmara Municipal de Alpinópolis contra a desvalorização profissional

Publicado em 23/04/2025

Em ato histórico, o Núcleo de Assistentes Sociais (NAS) do Sudoeste Mineiro usou a tribuna da Câmara Municipal de Alpinópolis, no dia 31 de março, para ler a Nota de Repúdio contra a precarização do trabalho no município. Após a categoria questionar o baixo salário em um edital de Processo Seletivo Simplificado, um novo foi publicado com o mesmo valor, motivando o protesto.

O oferta de salário mensal de R$1.559 em um órgão público, evidencia como Alpinópolis ainda desvaloriza o Serviço Social. No dia 8 de março, após o primeiro edital ser divulgado, o NAS mobilizou a categoria local e elaborou uma nota de repúdio contra a precarização do trabalho das e dos assistentes sociais que foi enviada por e-mail à prefeitura, por várias e vários profissionais.

Nenhuma e nenhum assistente social se inscreveu, e no dia 28 de março, a prefeitura publicou um novo Edital 014/2025 sem alteração em relação ao salário vexatório. Diante disso, foi escrita nova Nota de Repúdio, coletivamente, com a reivindicação de retificar o Edital, inserindo remuneração condizente com a formação e a responsabilidade técnica desta categoria profissional.

Na nota, as e os assistentes sociais da região indicam, ainda, que seja realizado um diálogo público e transparente com a categoria e entidades representativas, além de trazer a defesa pelo fim da política de contratos temporários, com a abertura de concursos públicos que garantam vínculos estáveis e melhores condições de trabalho.

Durante o ato na Câmara, que teve a presença em massa da categoria, foi feita a leitura do documento. Na ocasião, vereadoras e vereadores prontamente se colocaram à disposição para acompanhar os trâmites sobre a atualização da lei de cargos e salários e o processo do concurso público.

Assista aqui, do minuto 28 ao 34.

Em depoimento, o NAS informa que “Não aceitaremos silêncio e nem retrocessos! A luta por valorização profissional é uma luta por direitos sociais e dignidade!”.

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